Diário de Viagem - 103/119 - 16/12/2006      Lisboa


 -x-x-x-x-x- . Hoje dia 16/12, nosso ultimo dia em Lisboa, começamos nossas atividades as 9:17, vendo as vitrines da Rua Augusta a caminho da Rua Conceição onde vamos pegar o Elétrico "bonde", este é um meio de transporte que ainda não utilizamos.
Escolhemos a linha 28 para nosso passeio, passamos por vários lugares já visitados nos dias anteriores.
Chegamos aos Prazeres, ponto final da linha.
Retornamos pelo mesmo trajeto, ao nos aproximarmos do Largo da Misericórdia passamos pela Igreja de Santa Catarina - desenhada por Afonso Álvares foi mandada construir no século XVI pela mulher de D. João III, D. Catarina de Áustria, no alto de Santa Catarina, sendo a sua administração entregue a confraria dos Livreiros.
Destruída em 1755, foi de novo erguida reabrindo ao culto em 1757.
Um incêndio acabou por destruí-la em 1835, sendo então transferida para o Extinto Convento do Santíssimo Sacramento dos religiosos paulistas da Serra e Ossa.
Tivemos a oportunidade de sentir um pouco a precariedade do sistema de transporte, no caso específico o "elétrico" (o bonde "elétrico" não pode ir desviando os carros que entram na sua frente, assim sendo sempre que existe um engarrafamento o "elétrico" vai parando e com isso irritando os usuários, pois o mesmo trafega em algumas ruelas que passam apenas dois veiculos, nao existe sistema de canaletas iguais as nossas em Curitiba).
Descemos no Largo da Misericórdia e fomos visitar a Igreja de São Roque - construída entre 1625 e 1628, inclui a sua composição retabular as imagens seiscentistas dos quadros maiores santos da Companhia de Jesus - Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Luis de Gonzaga e Francisco de Borja.
O nicho central inferior é ocupado por escultura de Nossa Senhora da Visitação, do século XVIII.
O retabulo é formado por grupos emparelhados de colunas corintios em sobreposição arquitetônica de dois andares.
Na ordem superior existe um camarim de exposição do Santíssimo, o trono, invento português, característico do estilo nacional, habitualmente encoberto por quadro que muda conforme as sete épocas litúrgicas.
Este retabulo, o mais clássico da Igreja, coordena estilisticamente a concepção das capelas de São Francisco Xavier e da Sagrada Família.
No seu espaço físico encontram-se sepultados o primeiro patriarca de Lisboa, D. Tomaz de Almeida e D. João de Borja e seus familiares.
Na Igreja a estrutura esta assim definida, da direita para a esquerda: 1) Capela da Senhora da Doutrina. 2) Capela de São Francisco Xavier. 3) Capela de São Roque. 4) Capela do Santíssimo. 5) Capela Mor (Altar principal). 6) Capela de São João Batista. 7) Capela da Senhora da Piedade. 8) Capela de Santo Antonio. 9) Capela do Menino Perdido. 10) Altares das relíquias. 11) Altar da Anunciação. 12) Altar em mármore Pieta. 13) Altar do presépio. 14) Sacristia. 15) Túmulo de D. Tomaz de Almeida. 16) Túmulo de D. João de Borja. 17) Túmulo de Francisco Tregian.
Junto a Igreja existe o Museu de São Roque, que atualmente esta em reformas.
A seguir fomos visitar a Cervejaria Trindade que foi inaugurada em 1836, ocupa o lugar do refeitório do Convento dos Frades Trinos, cuja primeira fase de construção data de 1283.
O Convento viria a ser destruído pelo terremoto de 1755.  Nosso roteiro, Cidades pelas quais já passamos e iremos passar... Em 1834 foi no local instalada a fabrica de cerveja da Trindade, surgindo dois anos mais tarde a Cervejaria.
Decorada com magníficos painéis de azulejos pelo "Ferreira dos Tabuletos" é a mais antiga e a mais bela cervejaria de Portugal.
Em 1934 as empresas fundadoras da Central de Cervejas compraram a fabrica e a Cervejaria da Trindade, em cujo patrimônio foi integrado a Cervejaria em 1935.
Nas comemorações dos 150 anos, em 1986, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu integra-la no Patrimônio Cultural da Cidade, sendo inaugurada ainda a Galeria de Arte que se mantém ativa.
Em 1997 a direção geral de turismo declarou o imóvel onde se encontra a cervejaria de relevante valor histórico cultural.
Passamos pelo edifício do Teatro da Trindade e continuamos nosso passeio pela região.
Depois de algumas ruas de escada chegamos a Igreja de Nossa Senhora da Vitória - sacro templo de Nossa Senhora da Trindade edificada no ano de 1556, destruída pelo terremoto de 1755, reedificada nos anos de 1765 a 1824 e restaurada no ano de 1940.
Logo a seguir chegamos ao Armazém do Chiado o qual tem uma ampla praça de alimentação, onde decidimos lanchar.
Providenciamos o abastecimento e fomos mais cedo para o hotel a fim de nos prepararmos para o embarque as 22:01 com destino a Madri.
O meio de transporte que vamos utilizar é o comboio noturno (Trem Hotel Lusitânia).


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Mendes  @   Rosa Maria

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